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Blog sobre experiências familiares, pessoais e sobretudo sobre o nosso novo mundo: a maternidade.

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26
Mar19

O meu pós parto

Sara Sobral

Vou confidenciar algo que muito poucas pessoas sabem e vivenciaram comigo. Desde que me conheço que sempre disse que o meu objetivo de vida era ser mãe. Tinha muito à vontade com bebés e imaginava-me perfeitamente naquele papel. Até o meu sobrinho nascer... Aí eu vi a dura realidade do pós parto, da agressividade da amamentação e sinceramente fiquei de pé bem atrás. Embora já tivesse uma relação bastante duradoura como ainda não tinha a estabilidade financeira que precisava não pensava muito nisso. Até que o destino me pregou uma partida... Também não reagi muito bem à noticia e não vivi uma gravidez nada pacifica em termos de sustos médicos (qualquer dia conto-vos melhor) mas habituei-me à ideia e comecei a gostar da sensação de estar gravida (gostar, nada de amar como tanto impõem por ai mas isso já são outros quinhentos).

O dia que o Tiago nasceu foi um dia muito pacifico (depois das 47 horas de trabalho de parto passarem, pois claro) e estava muito contente de finalmente o ver mas as inseguranças chegaram em força enquanto se aproximava a hora do pai ir embora. E agora, como faço? E se não sei o que ele quer? Era as únicas coisas que me passavam pela cabeça. 

Passados 6 dias tortuosos lá fomos para casa (o miúdo teve icterícia então ainda tivemos de ficar mais tempo no hospital) e ai sim comecei a sentir o dito baby blues. Já tinha ouvido falar nas aulas de preparação para o parto mas, como todas nós pensamos, nunca me passou pela cabeça que me fosse acontecer. Tive 15 dias em que só chorava e só pensava que não sabia fazer nada de nada e que aquela criança só iria sofrer. 15 dias a ouvir familiares a dizer que tinha depressão pós parto. 15 dias que pareceram 3 meses. Passadas essas duas semanas lá comecei a voltar a mim e a recuperar. Mas só quando o Pai voltou ao trabalho é que eu senti aquela responsabilidade e o verdadeiro sentimento de ser MÃE. Ter de ficar sozinha e perceber que o meu bebé estava ali a depender de mim e só de mim fez-me acordar para a realidade aproveitando todo o tempo que tinha com ele e perceber que as melhores coisas da vida são as que mais trabalho nos dão. 

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